domingo, 6 de dezembro de 2009

expresao arte africana

A expressão "arte africana" pode parecer muito redutora, amalgamando, como monolítica, uma vasta produção técnica, estilística e ontológica de centenas de sociedades, reinos e culturas da África tradicional. Mas é essa mesma expressão que nos permite sempre lembrar que as artes das sociedades da África foram, antes, rotuladas no singular, depois de terem sido chamadas de "arte primitiva" ou "selvagem".Isso quer dizer que, ao mesmo tempo que plural, trata-se de uma arte única diante do mundo, mas que foi minimizada diante das ideologias que se vêm construindo desde o renascimento europeu, que culminaram na escravidão nas Américas e na colonização do continente africano, e que ameaçam até hoje a aceitação das diferenças individuais e coletivas e do pluralismo cultural em todo o mundo.É nessa linha de pensamento que se baseia o material deste site, focado particularmente em estética e cultura material da África, e em coleções de arte africana em museus. Se você quiser contribuir, envie artigos, reflexões, fotos e desenhos, isto é, indicações de referências pertinentes às seções do menu. Para que sua contribuição seja publicada, mande-a com comentários fundamentados nas fontes que consultou, ao que, naturalmente, corresponderá a atribuição de créditos de autoria.A expressão "arte africana" pode parecer muito redutora, amalgamando, como monolítica, uma vasta produção técnica, estilística e ontológica de centenas de sociedades, reinos e culturas da África tradicional. Mas é essa mesma expressão que nos permite sempre lembrar que as artes das sociedades da África foram, antes, rotuladas no singular, depois de terem sido chamadas de "arte primitiva" ou "selvagem".Isso quer dizer que, ao mesmo tempo que plural, trata-se de uma arte única diante do mundo, mas que foi minimizada diante das ideologias que se vêm construindo desde o renascimento europeu, que culminaram na escravidão nas Américas e na colonização do continente africano, e que ameaçam até hoje a aceitação das diferenças individuais e coletivas e do pluralismo cultural em todo o mundo.SUELLEN RESENDE QUARTO PERIODO DE JORNALISMO

ARTE AFRICANA (Postagem Joberte Dias)

As artes plásticas da África que se vê nos livros e coleções são produtos desenvolvidos ao longo de séculos. Sejam esculpidos, fundidos, modelados, pintados, trançados ou tecidos, os objetos da África mostram a diversidade de técnicas artísticas que eram usadas nesse continente imenso, e nos dão a dimensão da quantidade de estilos criados pelos povos africanos.

Tais estilos são a marca da origem dos objetos, isto é, cada estilo ou grupo de estilos corresponde a um produtor (sociedade, ateliê, artista) e localidade (região, reino, aldeia). Mesmo assim, deve-se lembrar que os grupos sociais não podem ser considerados no seu isolamento, e, portanto, é natural que a estética de cada sociedade africana compreenda elementos de contato. Além disso, cada objeto é apenas uma parte da manifestação estética a que pertence, constituída por um conjunto de atitudes (gestos, palavras), danças e músicas. Isso pode determinar as diferenças entre a arte de um grupo e de outro, tendo-se em vista também o lugar e a época ou período em que o objeto estético-artístico era visto ou usado, de acordo com a sua função.

Portanto, a primeira coisa a reter é que, na África, cada estátua, cada máscara, tinha uma função estabelecida, e não eram expostas em vitrines, nem em conjunto, nem separadamente, como vê-se dos museus. Outra coisa deve ser lembrada: a arte africana é um termo criado por estrangeiros na interpretação da cultura material estética dos povos africanos tradicionais, diferente das artes plásticas da África contemporânea que se integram no circuito internacional das exposições.

Se hoje ainda há uma produção similar aos objetos tradicionais, ela deve-se no maior das vezes às demandas de um mercado turístico, motivado pela curiosidade e exotismo.

Com referência aos objetos muito semelhantes aos tradicionais ainda em uso em rituais religiosos ou festas populares há, assim como no Brasil, na África atual, uma cultura material, que, apesar de sua qualidade estética, é considerada, também pelos africanos de hoje, "religiosa" ou "popular" nos moldes ocidentais, onde o antigo e moderno são historicamente discerníveis. Isso não quer dizer, no entanto, que, através de conteúdos e símbolos, a arte africana atual não esteja impregnada do tradicional, ainda que se manifestando em novas formas. Ao contrário, as especificidades da estética tradicional africana é visível também, nos dias atuais, nas produções artísticas dos países de fora da África, principalmente daqueles, como o Brasil, cuja população e cultura foram formadas por grandes contingentes africanos.

Um pouco sobre arte africana

Gabriel Reis Moraes Machiaveli


A arte africana é rica em histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana.
A história da arte africana remonta o período pré-histórico. As formas artísticas mais antigas são as pinturas e gravações em pedra de Tassili e Ennedi, na região do Saara (6000 AC ao século I da nossa era).

Os africanos faziam seus objetos de arte utilizando diversos elementos da natureza. Faziam esculturas de marfim, máscaras entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de traziam imagens do cotidiano.
Eles esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas das tradições, personagens do cotidiano etc.
A arte africana chegou ao Brasil através dos escravos, que foram trazidos para cá pelos portugueses durante os períodos colonial e imperial.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

As estátuas também morrem (Les statues meurent aussi)

''Sob a forma de um ensaio sobre a "arte negra", Resnais e Marker produzem uma crítica do sistema colonial francês e do colonialismo ocidental em geral. Banido por cerca de dez anos na França e disponível apenas em uma versão mais curta do que a original, o filme entrelaça imagens da arte africana exposta em museus europeus, imagens de arquivo feitas na África, uma narração em off informativa, irônica, reflexiva e crítica, imagens de arquivo de artistas e esportistas negros na diáspora e de confrontos raciais violentos, entre outras. A construção de uma compreensão dos objetos da "arte negra" nos diversos contextos sociais, culturais e históricos pelos quais circulam - das sociedades nas quais foram produzidos com sentidos muitas vezes religiosos às sociedades nas quais se tornam produtos para consumo - leva a uma interrogação mais geral das relações entre o Ocidente e a África, assim como entre brancos e negros, na África e na diáspora africana, resultando num contundente comentário sobre o racismo, que reverbera ainda hoje com intensidade.''
(fonte: Makingoff.org)

Quem quiser poder ver o video abaixo ou fazer o download clicando aqui.
E para obter as respectivas legendas , clique aqui.








Lucil Jr.

Ubuso ou Máscara Africana (Daniel Polcaro)


O ubuso é uma máscara utilizada no culto
africano para proporcionar boa sorte e protecção.
Nos últimos séculos miniaturas de ubusos e
ubusos em tamanho real têm vindo a ser cada vez
mais usados como amuletos ou talismãs como
símbolo protecção e fertilidade.
A maioria dos povos africanos dedica-se ao
pastoreio ou à agricultura. A aldeia de Bambara
dedica-se ao cultivo das suas colheitas de grão. As
suas manifestações artísticas estão intimamente
ligadas ao seu meio de sobrevivência. As mais
importantes amostras escultóricas representam
máscaras e figuras esculpidas para assegurar a
fertilidade dos seus campos e o cuidado dos seus
cultivos.
Os Bambara são um grupo Mandinka de mais de
um milhão de pessoas que habitam em Mali e
que se transformaram em excelentes e
reconhecidos artistas na arte do metal, do couro,
das tintas, da tapeçaria, dos objectos em esparto e
sobretudo nos trabalhos esculpidos na madeira.
As máscaras Bambara pertencem a 4 associações
de culto maior: N’domo, komo, kove e Try
voara. Estas sociedades tiram as suas máscaras
durante as estações húmida e seca, para rogar aos
deuses ajuda na sementeira e na recolecção das
colheitas do milho e nas celebrações relacionadas
com a chuva. Cada sociedade tem um tipo de
máscara diferente carregada de simbolismo. A
arte africana é multifuncional e compreende
numerosas facetas da vida: o governo, a religião,
a economia e também o entretenimento. As
celebrações de cerimónias e rituais com bailes e
máscaras tão enraizadas na cultura africana têm
uma dupla vertente: sacro-religiosa e de crenças e
outra estética e teatral.
Em Africa, a doença e a morte podem ser
imputadas a causas sobrenaturais. Os objectos de
arte, junto com as técnicas mágicas e rituais são
utilizadas para combater o infortúnio. Estes
objectos conhecem-se pelo nome de “fetiches”.
A escultura ou objecto de arte costuma ser
acompanhada por materiais diversos:
caranguejos, ossos de animais e cornos, dentes,
penas, parles de aves, tecidos, botões e pedaços de
metais. Este conjunto de objectos estranhos tem
um importante valor simbólico para os seus
proprietários e, segundo a sua crença,
influenciam o seu destino.

Arte Africana


Existem muitos preconceitos com relação à arte africana e à África em geral. A denominação genérica de africano engloba maior quantidade de raças e culturas do que a de europeu, já que no continente africano convivem dez mil línguas, distribuídas entre quatro famílias, que são as principais. Daí ser particularmente difícil encontrar os traços artísticos comuns, embora, a exemplo da Europa, se possa falar de um certo aspecto identificador que os diferencia dos povos de outros continentes.
O fato de os primeiros colonizadores terem subestimado essas culturas e considerado suas obras meras curiosidades exóticas, provocou um saque sem sentido na herança cultural desse continente. Recentemente, no século XX, foi possível, graças à antropologia de campo e aos especialistas em arte africana, organizar as coleções dos museus europeus. Mas o dano já estava feito. Muitos objetos ficaram sem classificação, não se conhecendo assim seu lugar de origem ou simplesmente ignorando-se sua função.

E isso é muito importante para a análise da obra. A arte africana é eminentemente funcional. Mais ainda, não pode ser entendida senão com base no estudo da comunidade que a produziu e de suas crenças religiosas. Basicamente os povos africanos eram animistas, prestavam culto ao espírito de seus antepassados. Outros chegaram a criar verdadeiros panteões de deuses, existindo também os povos monoteístas. Some-se a isso a influência dos primeiros colonizadores portugueses, que cristianizaram várias regiões.

O auge da arte africana na Europa surgiu com as primeiras vanguardas, especificamente os fauvistas e os expressionistas. Estes, além de reconhecer os valores artísticos das peças africanas, tentaram imitá-las, embora sempre sob a ótica de suas próprias interpretações, algo que colaborou em muitos casos, para a distorção do verdadeiro sentido das obras. Entre as peças mais valorizadas atualmente estão, apenas para citar algumas, as esculturas de arte das culturas fon, fang, ioruba e bini, e as de Luba.

POSTADO POR SAULO MACHADO PEREIRA
4º PERÍODO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

Arte Africana



Na África, durante milênios, as pessoas têm criado e armazenado a arte para representar seus sistemas de crenças religiosas, para constar sua historia, para descrever os acontecimentos importantes de suas vidas e de suas comunidades ou para a decoração do entorno em que viviam, a ornamentação pessoal e o embelezamento dos objetos cotidianos que utilizavam.

O primeiro impacto da arte africana foi conhecido no mundo ocidental no final do século X, trazidos de Benin e da atual Nigéria. Entretanto, até ultima parte do século XIX, as obras africanas não tiveram interesse para o colecionador europeu, já que as consideravam como trabalhos manuais de tribos selvagens. Os colecionadores europeus reuniram amplas coleções de trabalhos manuais tribais dando importância ao seu conteúdo estético; mas importantes artistas, em princípios do século XIX, particularmente cubistas e expressionistas, se inspiraram naquela denominada arte tribal, especialmente nas mascaras.

No ano 1903 Maurice Vlamick, um paisagista franco-belga, contempla no mostrador de uma Loja de Paris duas estatuas de madeira; surge assim, como por encanto, a apreciação da escultura africana que tão poderosamente ia influenciar na arte moderna. De tratava de esculturas do Congo, como ele e outros artistas ja haviam visto, mas Vlamick, que acertou em ver nelas, com súbita intuição, uma manifestação de arte autentica, convenceu seu proprietário a vendê-las, mostrou-as a seu amigo francês, o pintor Andres Derain, logo foram ver a Henri Matisse, caudilho desse movimento nascente que rompia com os cânones clássicos; essa entrevista, entretanto, não teve a transcendência que logo lhe daria o artista Pablo Picasso.

A arte africana foi especialmente estudada, descobrindo que o artista cria os objetos como espelhos da natureza, sendo uma analogia de imagens naturais; onde a força vital da natureza se entrelaça com o mistério do universo como experiência do homem fora do contexto tribal.

A escultura que é a arte clássica dos povos de raça negra, tem servido como um meio mais obvio e natural para a expressão dos sentimentos e idéias destes povos. Para o artista africano, a arte tem a missão de tornar visível todo o mundo invisível das idéias.

Em Ifé, considerada ainda hoje por muitos yorubas como a Cidade Santa na atual Nigéria, durante os séculos XII e XIII os artistas elevaram a um grau de perfeição a arte do retrato em barro cozido e em bronze à cera perdida. Esta técnica passa a Benin, cujo florescimento se inicia no século XII e onde o bronze ia conhecer um excepcional desenvolvimento ate o século XIII.

Outra forma de arte é a escultura de madeira, neste estilo se destacam as cabeças de tamanhos maiores que a proporção dos corpos, simbolizando o principio diretor dos mitos, onde a cabeça é um símbolo de força sagrada da criação. Sua arte reflete esta variante humanista de suas formas, porque está embasado na idéia de família solidária. Em conclusão, é a partir do artista e de sua obra o que permite ao grupo social recuperar valores da antiga cultura e religião.

Tanto máscaras como estátuas da África são símbolos religiosos com uma função definida e clara na vida de cada povoado, de tal forma que são parte do conjunto do costume, o qual ordenam e regulam e estão sempre associados à ritos religiosos. A mascara representa o tipo de cara da sociedade a qual pertence, desta maneira, o aspecto da mesma tem um significado estritamente iconográfico, simbolizando nas suas figuras relíquias do Poder Sagrado de Deus e da Natureza.

A máscara protege, capta a força vital, se completa com a vestimenta, ainda que seja considerada em alguns casos, a cabeça, como lugar onde reside a força vital. Sua função é reafirmar em intervalos regulares a verdade e a presença dos mitos na vida cotidiana. Assegurar a vida coletiva em todas as suas atividades . Tenta tirar o homem de sua degradação no tempo histórico mediante representações. Que o homem adquira consciência de seu lugar no universo.

O estatuário é a encarnação dos antepassados. São autênticos símbolos que comunicam sua força à coletividade. As cabeças muito desenvolvidas, assim como os umbigos, são pontos importantes para eles. O primeiro por ser onde se encontra a energia espiritual e o segundo por ser o centro vital que une a mãe ao filho.

Os materiais mais empregados são extraídos da natureza, como, a madeira, o ébano, o marfim, a terracota, a ourivesaria em bronze, cobre, ouro, etc. Tem diferentes formas de expressar a arte. A mais antiga é a pintura das paredes e as esculturas nas rochas. Estas formas se encontram no Saara, Sudão e no Leste e Sul da África e em maior medida, nas regiões tropicais. Estas pinturas têm milhões de anos de antiguidade e tem um grande valor para interpretar a historia.

Rafael Henrique 4º Publicidade e Propaganda